domingo, 4 de julho de 2010

18.30h 14/06/2010 13ª aula

O Pós-Dramático e a Pedagogia Teatral

Expositor: Leandro Haick


Comentador: Paulo Nascimento


Cheguei quase no final da apresentação do Leandro, não tenho muito a comentar.

O Paulo como comentador também apresentou o tema de forma bem didática com o apoio de data-show, trouxe outras referencias teóricas sobre o Pós-Dramático, como: Lehmann, conceituador do teatro pós-dramático e Benedito Nunes, que transcrevo aqui:


"O teatro pós- dramático é essencialmente (mas não exclussivamente) ligado ao campo teatral experimental e disposto a correr riscos artísticos. (...) Na ênfase em formas teatrais experimentais não está implicando um juízo de qualidade: trata-se da análise de uma idéia de teatro diferenciado, não da apreciação de empreendimentos artísticos individuais. (...)Trata-se aqui de um teatro especialmente arriscado, porque rompe as com muitas convenções. Os textos não correspondem as espectativas com quais as pessoas costumam encarar textos dramáticos. Muitas vezes é difícil até mesmo descobrir um sentido, um significado coerente da representação. As imagens não são ilustrações de uma fábula. Esse trabalho teatral é essencialmente experimental, persistindo na busca de novas combinações ou junções de modos de trabalho, instituições, lugares, estruturas e pessoas."

(Teatro Pós-Dramático, Hans-Thies Lehmann)



"O épico e o dramático se aproximam do ponto de vista do tempo, por que ambos, dentro da diferença modal que os distingue, nos colocam sempre diante de eventos, relativamente aos quais, como agentes ou pacientes, os personagens da obra se situam. Esse teor objetivo, que lhes é comum, separa-os da lírica, inconcebível sem a tonalidade afetiva, que incorpora as vivências de um Eu ; e sem o ritmo, que incorpora as vivências ao livre jogo das significações, graças ao qual se opera o retorno reflexivo da linguagem sobre si mesma."

(Benedito Nunes, O Tempo na Narrativa)



Pinçou também um trecho da apresentação escrita por Sérgio de Carvalho para o livro “Teatro pós-dramático” de Hans-Thies Lehmann:


"Dramático, para Lehmann, é todo teatro baseado num texto com fábula, em que a cena teatral serve de suporte a um mundo ficcional.... Com esse conceito de drama que reúne Eurípedes, Molière, Ibsen e Brecht, o teatro épico não poderia ser considerado um salto, porque nele os deslocamentos da dinâmica interpessoal – por meio de coros, apartes, narrativas, etc. – não chegariam a subverter a vivência ficcional."


Em seguida apresenta didaticamente conceitos do teatro pós-dramático sobre os seguintes aspectos: narrativa, encenação, ator e platéia.


Cita como exemplo de conexão Pós-Dramático com a cena teatral paraense “Sombra a L’ombre” (1995), Nando Lima e “Leve Barato” (2002), do mesmo ator-diretor.





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