domingo, 4 de julho de 2010

18.30h 21/06/2010 14ª aula

Apresentação do EU-MUNDO

No decorrer deste 1o semestre de trabalho do Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Pará uma das atividades dos/as alunos/as da 2a turma na disciplina Trajetórias do Ser foi experienciar um jogo intenso de lembrar algo marcante em suas vidas e de seus queridos. E, em vários momentos quase todos inundaram a sala de emoção com suas memórias, muitos transcenderam, outros canalizaram...

O imaginário social coletivo se presentificou através de símbolos, testemunhos de crença, sonhos, lendas, aparições...

A alguém ou algo aqui?

...

Marcadamente as religiões e doutrinas espíritas se manifestaram com grande impulso e vontade dos alunos/as em expressá-las: Santo Daime, Umbanda e Espiritismo.

Neste intenso processo de aula/descoberta do ser em vários momentos o desejo de transcender soprou o véu do mistério, do não dito, do guardado nos recônditos da alma humana.

A alma livre se revelou em desordem, atormentada, insegura – expandiu –. E de frente com seus antepassados e o seu passado passou a limpo trechos de seu trajeto. Talvez, depois dessa vivência a esperança brote e se inicie o processo de limpeza em sua áurea.

No final do semestre estas vivencias convergiram para uma apresentação pública de exercícios cênicos:


EU-MUNDO


Neste trajeto apresentamos “A bailarina cerceada” uma bricolagem feita de alguns recortes das narrativas de algumas participantes.

É a história de uma jovem que amava a dança e viu seu sonho de torna-se bailarina interrompido por um ato passional de uma freira membro do colégio em que ela estudava, a religiosa aplicou um castigo (ela bateu na mão da moça) físico na jovem que tecia seu crochê e acidentalmente furou-lhe os olhos.

Compondo esta narrativa a história da grávida que teve sua barriga benzida por preto velho com dendê.




18.30h 14/06/2010 13ª aula

O Pós-Dramático e a Pedagogia Teatral

Expositor: Leandro Haick


Comentador: Paulo Nascimento


Cheguei quase no final da apresentação do Leandro, não tenho muito a comentar.

O Paulo como comentador também apresentou o tema de forma bem didática com o apoio de data-show, trouxe outras referencias teóricas sobre o Pós-Dramático, como: Lehmann, conceituador do teatro pós-dramático e Benedito Nunes, que transcrevo aqui:


"O teatro pós- dramático é essencialmente (mas não exclussivamente) ligado ao campo teatral experimental e disposto a correr riscos artísticos. (...) Na ênfase em formas teatrais experimentais não está implicando um juízo de qualidade: trata-se da análise de uma idéia de teatro diferenciado, não da apreciação de empreendimentos artísticos individuais. (...)Trata-se aqui de um teatro especialmente arriscado, porque rompe as com muitas convenções. Os textos não correspondem as espectativas com quais as pessoas costumam encarar textos dramáticos. Muitas vezes é difícil até mesmo descobrir um sentido, um significado coerente da representação. As imagens não são ilustrações de uma fábula. Esse trabalho teatral é essencialmente experimental, persistindo na busca de novas combinações ou junções de modos de trabalho, instituições, lugares, estruturas e pessoas."

(Teatro Pós-Dramático, Hans-Thies Lehmann)



"O épico e o dramático se aproximam do ponto de vista do tempo, por que ambos, dentro da diferença modal que os distingue, nos colocam sempre diante de eventos, relativamente aos quais, como agentes ou pacientes, os personagens da obra se situam. Esse teor objetivo, que lhes é comum, separa-os da lírica, inconcebível sem a tonalidade afetiva, que incorpora as vivências de um Eu ; e sem o ritmo, que incorpora as vivências ao livre jogo das significações, graças ao qual se opera o retorno reflexivo da linguagem sobre si mesma."

(Benedito Nunes, O Tempo na Narrativa)



Pinçou também um trecho da apresentação escrita por Sérgio de Carvalho para o livro “Teatro pós-dramático” de Hans-Thies Lehmann:


"Dramático, para Lehmann, é todo teatro baseado num texto com fábula, em que a cena teatral serve de suporte a um mundo ficcional.... Com esse conceito de drama que reúne Eurípedes, Molière, Ibsen e Brecht, o teatro épico não poderia ser considerado um salto, porque nele os deslocamentos da dinâmica interpessoal – por meio de coros, apartes, narrativas, etc. – não chegariam a subverter a vivência ficcional."


Em seguida apresenta didaticamente conceitos do teatro pós-dramático sobre os seguintes aspectos: narrativa, encenação, ator e platéia.


Cita como exemplo de conexão Pós-Dramático com a cena teatral paraense “Sombra a L’ombre” (1995), Nando Lima e “Leve Barato” (2002), do mesmo ator-diretor.





18.30h 07/06/2010 12ª aula

As máscaras mutáveis do Buda-Canalização Dourado Mark Olsen

Expositador: Wallace Nobre


Comentadora: Delianne Lima




Refletindo sobre a práxis teatral percebemos uma realidade cada vez mais plural e multifacetada da chamada cena contemporânea, nunca imaginei, mas já desconfiava das possibilidades do ator ser um canal na construção de sua poética.

Quando li A Preparação do Ator de Stanislávski (minha primeira leitura de um encenador/teórico do teatro), fiquei impressionada, apaixonada comprei o livro que logo ficou encardido, eu andava com ele dia e noite, não conseguia parar de ler.

Neste semestre nossa professora a Wlad nos apresenta o livro As máscaras mutáveis do Buda Dourado de Mark Olsen para realizarmos um seminário sobre o capitulo Canalização.

No livro o ator-autor Mark Olsen associa a experiência ocidental do ator, as tradições chamadas secretas, de conservação de princípios e técnicas de atuação, e procedimentos espirituais da cultura oriental, muitos deles utilizados também como metodologias de treinamento e preparação do ator para a performance de cena.

E indica a existência, também na obra de Stanislávski, de diversos princípios que se coadunam a idéias recorrentes no campo do desenvolvimento espiritual do indivíduo, como o conceito de concentração da atenção e o estado, por ele denominado de “eu sou” - princípio também recorrente em diversas religiões místicas e correntes esotéricas, como é o caso da cabala e da alquimia (OLSEN, 2004: 27).

Bom o assunto é profundo e eu vou passar as férias lendo Stanislávski, Artaud, Grotowski e Mark Olsen.










18.30h 31/05/2010 11ª aula

Da Interpretação (identikit de ator ausente, o modelo vigente, identificação e possessão, a arrogância filológica, teatro homogêneos, híbridos em cena e patologia do ator).

Expositora: Maíra Tupinambá


Comentador: Ícaro Gaya

Esta aula eu faltei!