domingo, 4 de julho de 2010

18.30h 10/05/2010 8ª aula

Espaço e Lugar (o lugar da arte, o papel da land art, arte contemporânea no espaço público, entrevista com

Sonia Guggiisberg, público-privado).
Kátia Canton


Expositor: Kayo Costa Nascimento


Comentador: Rafael Ribeiro Cabral


Neste livro a autora discute as noções de espaço e lugar territorializado da arte, isto é, seu lugar físico e simbólico.

Mas quais são os espaços da arte contemporânea?

Teatros, praias, galerias, ruas, cemitérios, parques, monumentos, praças, igrejas, a crítica, o cyber-espaço, o espaço público e o espaço privado; a globalização?

Segundo a autora o espaço público se fecha cada vez mais perante a ameaça da violência potencial. Seu uso é abandonado pelo medo ou é deixado à deriva, à sombra da solidão urbana. O lugar público, que seria espaço de todos, passa ao status de ninguém. É, abandonado maltratado, sujado, ignorado e sucateado.

O movimento experimentalista norte-americano da década de 60 que ficou conhecido como land art, rompe com a sistematização da academia em busca de um novo território artístico, o da natureza, o espaço de fora, não institucionalizado.

Obras do movimento land art:


Visão global Spiral Jetty de Robert Smithson's Robert Smithson's monumental earthwork Spiral Jetty (1970) is located on the Great Salt Lake in Utah. Robert Smithson monumental terraplenagem Spiral Jetty (1970) está localizado no Great Salt Lake, em Utah. Usando pedras de basalto preto e terra do local, o artista criou uma bobina de 1500 metros de comprimento e 15 metros de largura que se estende em sentido anti-horário a água translúcida vermelha. Spiral Jetty was acquired by Dia Art Foundation as a gift from the Estate of the artist in 1999. Spiral Jetty foi adquirida pelo Dia Art Foundation como um dom da propriedade do artista em 1999.



O Campo Raio de Walter De Maria

O Lightning Field (1977). Campo de Raio é uma instalação elaborada forjado que se torna glorioso para uma fração de segundo quando os raios oblíquos do sol nascente partida e iluminar os pólos em uma seqüência em todos os domínios tão fugaz uma pergunta se fosse uma miragem. Para aqueles que estão abertos ao experiência, toda esta preparação e comprometimento leva a um refúgio para o espírito.


O land art no Brasil:




O artista plástico Eduardo Srur, em 2006 espalhou ao longo do Rio Pinheiros 150 bonecos em caiaques, que ficaram emperrados no lixo, como os da foto.


No ano de 2003 os principais grupos de artistas brasileiros dedicados a intervenções públicas e efêmeras foram:

Atrocidades Maravilhosas; Radial; Vapor; Hapa; Rés do Chão; Agora; Capacete;Açúcar invertido; Interferências Urbanas (Rio de janeiro); Grupo Ponteseis;Galeria do Poste (Niterói);Núcleo Performático Subterrânea; Grupo Los Valderramas; Espaço Coringa; A.N.T.I. Cinema; Fumaça; ZoX;Marrom;Grupo CONTRA; Linha Imaginária (São Paulo); Alpendre; B.A.S.E.; Transição Listrada (Fortaleza); Entorno (Brasília); EmpreZa;NEPP; Grupo Valmet (Goiânia); Urucum; Invólucro, Cia Avlis em movimento; Murucu (Macapá); Torreão; Grupo Laranja; Flesh nouveau!; Perdidos no Espaço (Porto Alegre); Grupo Camelo, Valdisney (Recife); “Grupo” (Belo Horizonte); After-ratos (os ratos estão em toda parte); Movimento Terrorista Andy Warhol – MTAW (sem procedência fixa, única ou revelada).

Nem todos continuam ativos. Muitos existiram graças à crescente indefinição (e confusão) de fronteiras entre arte, ética, política, teoria, afeto, sexualidade, público e privado.


Sobre essa nova manifestação da arte brasileira escreve Marisa Flórido César: “Com poéticas e cogitações distintas, guardam em comum entre si e as cidades a contaminação e a dispersão dos territórios: a flutuação de fronteiras e de significados, entre as categorias artísticas, o autor e o espectador, a arte e a vida. Uma constituição relativa que implica e evidencia a trama de relações na qual esses trabalhos se inserem, engendram e criticam: uma trama de afetos, sistemas e fenômenos exteriores ao universo soberano e autônomo da arte moderna, às condições abstratas e ideais de espaço e de tempo que esta reivindicava. Tomando de assalto o que permanecera às margens de seu universo auto-referente, invadem-se pelas alteridades, deslocam-se para os espaços do mundo, realizam-se na circunstância e nos encontros fortuitos.” Para estabelecer conexões genealógicas diretas entre esta produção intervencionista atual e o passado recente da arte brasileira, deve-se citar, entre outras, referências internacionais(como foi descrito anteriormente), com o Dadaísmo, Duchamp, o Grupo Fluxus, e brasileiras, tais como as emblemáticas intervenções de Flávio de Carvalho (experiências nº 2, 1931, e nº 3, São Paulo, 1956), Helio Oiticica ( Parangolés, Rio de Janeiro,1964-1969), Lygia Clark (Cabeça Coletiva, Paris, 1975), Lygia Pape (divisor, Rio de Janeiro, 1968), Nelson Leirner ( Porco Empalhado, IV Salão de Brasília, 1967), Cildo Meireles (Inserções em Circuitos Ideológicos/ Projeto Coca-cola, Projeto Cédula, Rio de Janeiro, 1970 -1975), Barrio (intervenção no Ribeirão do Arruda, Belo Horizonte, 1970), Antonio Manuel (Corpobra, Rio de Janeiro, 1970).




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